sexta-feira, 31 de outubro de 2008
Nordeste tem pior índice de analfabetismo, mostra pesquisa Ipea
RENATA GIRALDIda Folha Online, em Brasília O Nordeste do país tem os piores percentuais de analfabetismo, mostra pesquisa realizada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Aplicada) e divulgada nesta terça-feira. No país, entre 2006 e 2007, o instituto constatou uma redução de 0,4 ponto percentual no índice de analfabetismo. Paralelamente, os pesquisadores concluíram que o país deve demorar ao menos dois anos para alcançar o tempo estipulado pela Constituição para que toda a população conclua o ensino fundamental --que é de oito anos. Segundo a pesquisa, os piores percentuais de analfabetismo estão no Nordeste, que registra 20%. Já a região Sul tem os menores percentuais, com 5,4%. Para os pesquisadores, a erradicação do analfabetismo no Brasil terá de aguardar por pelo menos duas décadas. 'Ainda é um índice muito baixo. Nosso sistema convive com uma estrutura de defasagem, o que torna o sistema muito ineficiente. Poderíamos ter um sistema muito mais eficiente e isso tem reflexos pedagógicos', afirmou o diretor de Estudos Sociais do Ipea, Jorge Abraão. 'Estamos longe para conseguir a educação básica', disse ele. Segundo a pesquisa, a maior população de analfabetos está na região rural, com 23,3%, enquanto a menor na área urbana com 4,4%. Os negros são os mais afetados pelas dificuldades registrando 14,1% entre os analfabetos, enquanto os brancos ocupam 6,1%. De acordo com os dados, os analfabetos se concentram principalmente entre as pessoas com mais de 40 anos, que ocupam 17,2% dos percentuais, enquanto os jovens que têm de 15 a 17 anos ocupam apenas 1,7%. A pesquisa analisou dados sobre educação, juventude e raça, de acordo com o Pnad, segundo o Ipea. Segundo os dados, a redução do analfabetismo se concentrou nas faixas etárias acima de 25 anos.
Projeto do Senado proíbe meia-entrada nos finais de semana e feriados - Notícias em Brasília
Um projeto em discussão no Senado Federal pode alterar a forma como a carteirinha de estudante é utilizada atualmente para a compra de ingressos pela metade do preço. A proposta também vale para o benefício concedido às pessoas com mais de 60 anos de idade.Entre outras coisas, o texto estabelece que a meia-entrada não valerá nos cinemas em finais de semana e feriados locais ou nacionais. Para todos os outros eventos, como peças teatrais e shows, a meia-entrada não valerá de quinta-feira a sábado, se o projeto for aprovado.
O projeto também tenta coibir a emissão de carteiras de estudante falsificadas, criando um documento único, padronizado, de validade nacional: a Carteira de Identificação Estudantil. Cria ainda um Conselho Nacional de Fiscalização, Controle e Regulamentação da meia-entrada e da identidade estudantil. A proposta está pronta para ser votada pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), mas a data da votação ainda não foi definida. Se passar pelo Senado, ainda será analisada pela Câmara dos Deputados. No Senado, antes de chegar à Comissão de Educação, a matéria foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com alterações ao texto original. Na Comissão de Educação sofreu mais mudanças, após a realização de várias audiências públicas com representantes dos estudantes e dos produtores culturais. A relatora do projeto na Comissão de Educação é a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), que apresentou um substitutivo à matéria original, do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). "Chegou-se a um acordo com a UNE, Ubes, representantes da área de cinema, teatro, e eu acatei esse acordo", justifica a senadora Marisa, que incluiu a limitação dos dias em que a meia-entrada estará em vigor. A UNE (União Nacional dos Estudantes) é favorável ao documento único de identificação, mas é contra as restrições ao uso da carteirinha, como explica Lúcia Stumpf, presidente da entidade. "Esses pontos vão enfrentar a resistência da UNE, que é a favor do direito amplo e irrestrito conquistado pelos estudantes. Os senadores resolveram encaminhar dessa forma, mas vamos lutar para mudar isso."
O projeto também tenta coibir a emissão de carteiras de estudante falsificadas, criando um documento único, padronizado, de validade nacional: a Carteira de Identificação Estudantil. Cria ainda um Conselho Nacional de Fiscalização, Controle e Regulamentação da meia-entrada e da identidade estudantil. A proposta está pronta para ser votada pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), mas a data da votação ainda não foi definida. Se passar pelo Senado, ainda será analisada pela Câmara dos Deputados. No Senado, antes de chegar à Comissão de Educação, a matéria foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), com alterações ao texto original. Na Comissão de Educação sofreu mais mudanças, após a realização de várias audiências públicas com representantes dos estudantes e dos produtores culturais. A relatora do projeto na Comissão de Educação é a senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), que apresentou um substitutivo à matéria original, do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). "Chegou-se a um acordo com a UNE, Ubes, representantes da área de cinema, teatro, e eu acatei esse acordo", justifica a senadora Marisa, que incluiu a limitação dos dias em que a meia-entrada estará em vigor. A UNE (União Nacional dos Estudantes) é favorável ao documento único de identificação, mas é contra as restrições ao uso da carteirinha, como explica Lúcia Stumpf, presidente da entidade. "Esses pontos vão enfrentar a resistência da UNE, que é a favor do direito amplo e irrestrito conquistado pelos estudantes. Os senadores resolveram encaminhar dessa forma, mas vamos lutar para mudar isso."
"O que se espera é que haja uma redução do preço dos ingressos", diz o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), autor do projeto
O representante dos produtores de eventos defende a medida. Para Ricardo Chantilly, diretor da Abeart (Associação Brasileira de Empresários Artísticos), se aprovado, o projeto terá como resultado uma queda nos preços dos ingressos. "No dia de maior fluxo de pessoas e que o faturamento é maior, deixa o produtor cobrar o preço normal. Aí, não tem meia nem inteira", diz. "O que vai acontecer é que, no sábado, o preço de um show pode ser R$ 45, e no domingo, o estudante paga R$ 22,50. É melhor do que o que acontece hoje, quando a gente tem que colocar o ingresso a R$ 80 com meia a R$ 40", exemplifica. Para ele, com a disseminação das carteirinhas falsificadas, os produtores foram levados a cobrar um preço maior, para evitar prejuízos. Assim, o diretor da Abeart também defende um limite na quantidade de ingressos destinados aos estudantes e idosos, como já ocorre em alguns lugares, como São Paulo - a meia-entrada é regulamentada por leis estaduais e municipais."A média hoje é de 70%, 80%, até 90% de meia-entrada nos eventos. Eu defendo uma limitação da venda de meia-entrada a 30% do total. Assim, a gente saberia que, em um evento para mil pessoas, teria 700 pagando inteira e 300 pagando meia. Seria possível uma redução de, no mínimo, 30% nos preços, porque conseguiríamos o mesmo faturamento de agora, com um ingresso mais barato", argumenta.O que garantiria a queda nos preços? Segundo Chantilly, o mercado. "Se eu fizer um show do Nelson Ned e colocar a R$ 80, não vai ninguém. Se eu colocar um show da Ivete Sangalo a R$ 300, também não vai ninguém. Uma vez por ano tem uma Madonna, que pode cobrar R$ 500, R$ 800, que lota um Maracanã. Mas quem regula os preços é o bom e velho mercado", afirma. Autor do projeto original, o senador Azeredo também diz que a expectativa é que os preços caiam. "O que se espera é que haja uma redução do preço dos ingressos; essa é informação dos produtores", afirma. Sobre a limitação dos dias de validade da meia-entrada, ele tem posição contrária. "O ideal era que pudesse valer para todos os dias, mas esse foi o acordo. O mais importante, sem dúvida, vai ser a padronização da carteira em todo o Brasil", destaca. Emissão das carteirinhas de estudanteO projeto em análise no Senado também revoga a Medida Provisória 2.208, editada em 2001, que acabou com a exclusividade das entidades estudantis na emissão da identidade estudantil. O relatório da senadora Marisa Serrano afirma que a medida "provocou descontrole na concessão desses documentos" e levou "na prática, à perda do benefício do pagamento de meia-entrada por parte dos estudantes e idosos."
O representante dos produtores de eventos defende a medida. Para Ricardo Chantilly, diretor da Abeart (Associação Brasileira de Empresários Artísticos), se aprovado, o projeto terá como resultado uma queda nos preços dos ingressos. "No dia de maior fluxo de pessoas e que o faturamento é maior, deixa o produtor cobrar o preço normal. Aí, não tem meia nem inteira", diz. "O que vai acontecer é que, no sábado, o preço de um show pode ser R$ 45, e no domingo, o estudante paga R$ 22,50. É melhor do que o que acontece hoje, quando a gente tem que colocar o ingresso a R$ 80 com meia a R$ 40", exemplifica. Para ele, com a disseminação das carteirinhas falsificadas, os produtores foram levados a cobrar um preço maior, para evitar prejuízos. Assim, o diretor da Abeart também defende um limite na quantidade de ingressos destinados aos estudantes e idosos, como já ocorre em alguns lugares, como São Paulo - a meia-entrada é regulamentada por leis estaduais e municipais."A média hoje é de 70%, 80%, até 90% de meia-entrada nos eventos. Eu defendo uma limitação da venda de meia-entrada a 30% do total. Assim, a gente saberia que, em um evento para mil pessoas, teria 700 pagando inteira e 300 pagando meia. Seria possível uma redução de, no mínimo, 30% nos preços, porque conseguiríamos o mesmo faturamento de agora, com um ingresso mais barato", argumenta.O que garantiria a queda nos preços? Segundo Chantilly, o mercado. "Se eu fizer um show do Nelson Ned e colocar a R$ 80, não vai ninguém. Se eu colocar um show da Ivete Sangalo a R$ 300, também não vai ninguém. Uma vez por ano tem uma Madonna, que pode cobrar R$ 500, R$ 800, que lota um Maracanã. Mas quem regula os preços é o bom e velho mercado", afirma. Autor do projeto original, o senador Azeredo também diz que a expectativa é que os preços caiam. "O que se espera é que haja uma redução do preço dos ingressos; essa é informação dos produtores", afirma. Sobre a limitação dos dias de validade da meia-entrada, ele tem posição contrária. "O ideal era que pudesse valer para todos os dias, mas esse foi o acordo. O mais importante, sem dúvida, vai ser a padronização da carteira em todo o Brasil", destaca. Emissão das carteirinhas de estudanteO projeto em análise no Senado também revoga a Medida Provisória 2.208, editada em 2001, que acabou com a exclusividade das entidades estudantis na emissão da identidade estudantil. O relatório da senadora Marisa Serrano afirma que a medida "provocou descontrole na concessão desses documentos" e levou "na prática, à perda do benefício do pagamento de meia-entrada por parte dos estudantes e idosos."
A presidente da UNE, Lúcia Stumpf, diz que a entidade é favorável ao documento único, mas é contra as restrições ao seu uso
A presidente da UNE diz que a padronização do documento não resultará em aumento do preço de emissão. "Não deve aumentar exatamente porque não vai mais ser regido pela disputa de mercado", diz Lúcia Stumpf. "Hoje, existem até cursinhos de línguas e pré-vestibulares fantasmas, criados só para emitir a carteira", critica. A UNE cobra preços diferenciados para emissão da identidade estudantil nas diferentes regiões do país. Em São Paulo, o preço é R$ 25, no Centro-Oeste, R$ 15, e nas regiões Norte e Nordeste, a taxa varia de R$ 8 a R$ 10, segundo a presidente da entidade. Lúcia Stumpf é contrária ao sistema de cotas para a venda de meia-entrada por achar impossível a fiscalização. "Nem mesmo os produtores apresentaram uma alternativa eficiente para controlar a venda dos ingressos para estudantes. Sem isso, podem vender apenas os cinco primeiros e dizer que já venderam toda a cota", afirma.Além de defender a limitação à meia-entrada, os produtores também cobram uma compensação do governo pelo benefício concedido. "Os taxistas compram carro 30% mais barato, mas não são as empresas que arcam com isso, o desconto vem dos impostos. Nos ônibus, os idosos têm passe livre, mas as empresas recebem por isso. A gente não é o 'lobo mau' da história, o governo é que não deu a contrapartida necessária", ressalta.O ressarcimento está previsto na análise da relatora, e seria feito com recursos do Pronac (Programa Nacional de Apoio à Cultura), da Lei Rouanet.Pelo projeto do Senado, o direito à meia-entrada fica assegurado aos estudantes e às pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos, em cinemas, cineclubes, teatros, espetáculos musicais, circenses, eventos educativos, esportivos, de lazer e entretenimento, em todo o território nacional, promovidos por quaisquer entidades e realizados em estabelecimentos públicos ou particulares. O benefício não é cumulativo com quaisquer outras promoções e convênios e também não se aplica ao valor dos serviços adicionais eventualmente oferecidos em camarotes, áreas e cadeiras especiais.
A presidente da UNE diz que a padronização do documento não resultará em aumento do preço de emissão. "Não deve aumentar exatamente porque não vai mais ser regido pela disputa de mercado", diz Lúcia Stumpf. "Hoje, existem até cursinhos de línguas e pré-vestibulares fantasmas, criados só para emitir a carteira", critica. A UNE cobra preços diferenciados para emissão da identidade estudantil nas diferentes regiões do país. Em São Paulo, o preço é R$ 25, no Centro-Oeste, R$ 15, e nas regiões Norte e Nordeste, a taxa varia de R$ 8 a R$ 10, segundo a presidente da entidade. Lúcia Stumpf é contrária ao sistema de cotas para a venda de meia-entrada por achar impossível a fiscalização. "Nem mesmo os produtores apresentaram uma alternativa eficiente para controlar a venda dos ingressos para estudantes. Sem isso, podem vender apenas os cinco primeiros e dizer que já venderam toda a cota", afirma.Além de defender a limitação à meia-entrada, os produtores também cobram uma compensação do governo pelo benefício concedido. "Os taxistas compram carro 30% mais barato, mas não são as empresas que arcam com isso, o desconto vem dos impostos. Nos ônibus, os idosos têm passe livre, mas as empresas recebem por isso. A gente não é o 'lobo mau' da história, o governo é que não deu a contrapartida necessária", ressalta.O ressarcimento está previsto na análise da relatora, e seria feito com recursos do Pronac (Programa Nacional de Apoio à Cultura), da Lei Rouanet.Pelo projeto do Senado, o direito à meia-entrada fica assegurado aos estudantes e às pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos, em cinemas, cineclubes, teatros, espetáculos musicais, circenses, eventos educativos, esportivos, de lazer e entretenimento, em todo o território nacional, promovidos por quaisquer entidades e realizados em estabelecimentos públicos ou particulares. O benefício não é cumulativo com quaisquer outras promoções e convênios e também não se aplica ao valor dos serviços adicionais eventualmente oferecidos em camarotes, áreas e cadeiras especiais.
Iris reage a relatório da ONU sobre desigualdade em Goiânia
VAMOS MANDANDO E MOSTRANDO AS COISAS QUE ACONTECEM...MAIS QUE COISA HEM!!!!!
Prefeito afirmou que estudo "é uma gafe" e que vai convidar técnicos das nações unidas para conhecer melhor a cidade
"Houve uma gafe. Desafio a ONU (Organização das Nações Unidas) a conhecer Goiânia, uma cidade sem favelas e que tem ótima qualidade de vida". Essa foi a resposta do prefeito Iris Rezende ao relatório Estado Mundial das Cidades 2008/2009, divulgado quinta-feira e repercutido ontem pelo POPULAR.
O relatório apontou Goiânia como a cidade mais desigual da América Latina, entre as 19 pesquisadas. Demonstrando visível insatisfação com a pesquisa, Iris comentou o assunto antes de abrir o desfile de comemoração dos 75 anos de Goiânia, ontem, na Avenida 24 de Outubro, em Campinas.
A reação do prefeito vai se tornar oficial. "Vou encaminhar expediente mostrando nossa indignação. Vou convidar a ONU para vir aqui porque, se vieram (antes do relatório), foi um passeio, não viram a cidade. Respeitamos a ONU, mas esse relatório não corresponde com a realidade, foi equivocado", declarou.
O prefeito considerou que a divulgação do estudo "chegou a ser irresponsável por não refletir a Goiânia verdadeira. Quiseram colocar defeito na cidade", reclamou.
Várias vezes Iris citou que a falta de favelas, a qualidade de vida e até a situação ambiental de Goiânia (bem arborizada) seriam sinais do contrário ao apontado pelo levantamento da ONU. "Todas as cidades têm os que ganham muito e os que ganham pouco. Temos pobres e miseráveis, mas não é tão grave nem como em São Paulo, por exemplo", analisou Iris.
Prefeito afirmou que estudo "é uma gafe" e que vai convidar técnicos das nações unidas para conhecer melhor a cidade
"Houve uma gafe. Desafio a ONU (Organização das Nações Unidas) a conhecer Goiânia, uma cidade sem favelas e que tem ótima qualidade de vida". Essa foi a resposta do prefeito Iris Rezende ao relatório Estado Mundial das Cidades 2008/2009, divulgado quinta-feira e repercutido ontem pelo POPULAR.
O relatório apontou Goiânia como a cidade mais desigual da América Latina, entre as 19 pesquisadas. Demonstrando visível insatisfação com a pesquisa, Iris comentou o assunto antes de abrir o desfile de comemoração dos 75 anos de Goiânia, ontem, na Avenida 24 de Outubro, em Campinas.
A reação do prefeito vai se tornar oficial. "Vou encaminhar expediente mostrando nossa indignação. Vou convidar a ONU para vir aqui porque, se vieram (antes do relatório), foi um passeio, não viram a cidade. Respeitamos a ONU, mas esse relatório não corresponde com a realidade, foi equivocado", declarou.
O prefeito considerou que a divulgação do estudo "chegou a ser irresponsável por não refletir a Goiânia verdadeira. Quiseram colocar defeito na cidade", reclamou.
Várias vezes Iris citou que a falta de favelas, a qualidade de vida e até a situação ambiental de Goiânia (bem arborizada) seriam sinais do contrário ao apontado pelo levantamento da ONU. "Todas as cidades têm os que ganham muito e os que ganham pouco. Temos pobres e miseráveis, mas não é tão grave nem como em São Paulo, por exemplo", analisou Iris.
CUFA PE - É UTILIDADE PUBLICA
ESTE TEXTO FOI COLOCADO NO GRUPO DE DISCUSSÃO DA CUFA, APROVEITAMOS PARA TORNÁLO PUBLICO EM NOSSO BLOG POR ACHAR QUE A POPULAÇÃO DEVE TOMAR CONHECIMENTO E SER INFORMADA DE NORTE A SUL LESTE OESTE.
Sexta-feira, 3 de Outubro de 2008
Crônica do servidor
A nova tendência de moda para os próximos anos
Um pot-pourri de situações
Parece que a classe média lançou uma nova moda para as universidades. Como a tendência de se fazer programas de inclusão social veio com força total no atual governo, a cátedra resolveu dar uma “repaginada” na coisa. Como está “démodé” o velho discurso truculento, o “grito” agora é renovar para nada acontecer. Não está pegando bem negar a ascensão a esta gente toda. Inventaram agora que os negros fazem parte da sociedade. Esse povo que nunca se esforça o suficiente! Claro, sei que eles têm direitos desde a abolição. Mas a gente sabe que eles ficavam lá, na marginalidade, que sempre foi o lugar deles. Sempre tão conformadinhos. Volta e meia aparecia um a gritar por uma justiça qualquer. Mas sempre tinha um bom cidadão para dar um jeito neles. E tudo ia bem. Mas eis que resolvem lançar essa moda e a plebe resolveu usar. Bom, só resta à supremacia branca tentar frear esse bonde. Têm-se tentado de tudo e parece que nada está dando certo. Eles estão invadindo. A cátedra resolveu se mexer, portanto, e está atualizando os modelinhos. Inventaram, então, uma espécie de programa de inclusão para todos. O modelo da UFSM é um pouco disso. Afinal, engolir essa coisa de só negros é brabo! Os negros e seus privilégios... Já que temos que abrir para essa gente, melhor incluir os brancos pobres nisso. Afinal, melhor agüentar um branco pobre a um negro pobre. Se o infeliz ascender, ao menos será branco. Uma boa tática. O plano “B” é nos valermos da Constituição. Claro que teremos que esquecer aquela parte em que os legisladores escorregaram e resolveram admitir as políticas para inclusão social. Ninguém precisa saber disso. Citamos a tal da igualdade perante a lei e fica tudo resolvido.
Mas essa coisa de inclusão nas universidades vai adiante desses programas. Um exemplo disso são os concursos para servidores. Justíssimo. A velha e boa meritocracia. O cidadão é aprovado e pronto, está trabalhando na universidade. Que venham os melhores preparados. Aqueles que tiveram condições econômicas para tal. Como trabalhadora em uma universidade, tenho feito algumas reflexões. Uma exigência muito utilizada nos concursos para docentes é aquela que não encurta orelha, mas é o sonho de todos os catedráticos: o doutorado. Os mesmos que fazem a gritaria que são reduzidíssimas as bolsas de estudo são os que exigem esse requisito. E quem pode fazer doutorado nesse país? Aqueles que têm tempo e dinheiro para se manter enquanto estudam. Já é uma boa maneira de exclusão, não é? Isso no caso da docência. Em relação ao servidor técnico-administrativo é diferente. Geralmente não é preciso que sejam doutores. Aliás, melhor que não sejam. A docência não gosta de competição nas carreiras. Em tese funciona mais ou menos assim: direitos iguais para todos. Essa é a balela que a gente engole. De fato, o técnico-administrativo que resolver se capacitar precisa rebolar. Tem que saber os últimos passos em todos os tipos de dança. Alguém aí já fez as contas do número de técnicos que conseguiu se capacitar? Ele precisa da liberação do chefe imediato (que provavelmente é professor) e depois é só fazer a via crucis. Sinta-se a vontade, experimente. Já sei a carreira nos proporciona tudo isso. Tente.
As universidades também desenvolvem programas de extensão. Uma boa maneira de aliviar consciências. Não trazemos o sujeito aqui para dentro, mas, volta e meia, descemos até a periferia e mostramos como vivem os mais preparados. Isso quando esses projetos efetivamente trazem algum tipo de alívio a essas comunidades. Preferencialmente trazem algum francês da Sourbonne, ou qualquer coisa parecida, para dar uma palestra sobre sânscrito e geralmente cobra-se por isso. Claro, se o assistente quiser o certificado, caso contrário, o cidadão pode entrar e aproveitar. Dirão quase todos os docentes que meu ranço é descomunal. Verdade. Já disse inúmeras vezes e volto a repetir que o número de professores de uma universidade é o número de chefe que os trabalhadores técnico-administrativos têm. E cada vez que participo de reuniões de colegiado, de departamento, de CD e CONSUN tenho mais certeza disso. É óbvio, salvo as exceções que sempre legitimam a regra.
Rosane Brandão - Servidora do IAD
* O blog está à disposição, com espaço para publicação de crônicas, basta enviá-las para asufpel@gmail.com.
Sexta-feira, 3 de Outubro de 2008
Crônica do servidor
A nova tendência de moda para os próximos anos
Um pot-pourri de situações
Parece que a classe média lançou uma nova moda para as universidades. Como a tendência de se fazer programas de inclusão social veio com força total no atual governo, a cátedra resolveu dar uma “repaginada” na coisa. Como está “démodé” o velho discurso truculento, o “grito” agora é renovar para nada acontecer. Não está pegando bem negar a ascensão a esta gente toda. Inventaram agora que os negros fazem parte da sociedade. Esse povo que nunca se esforça o suficiente! Claro, sei que eles têm direitos desde a abolição. Mas a gente sabe que eles ficavam lá, na marginalidade, que sempre foi o lugar deles. Sempre tão conformadinhos. Volta e meia aparecia um a gritar por uma justiça qualquer. Mas sempre tinha um bom cidadão para dar um jeito neles. E tudo ia bem. Mas eis que resolvem lançar essa moda e a plebe resolveu usar. Bom, só resta à supremacia branca tentar frear esse bonde. Têm-se tentado de tudo e parece que nada está dando certo. Eles estão invadindo. A cátedra resolveu se mexer, portanto, e está atualizando os modelinhos. Inventaram, então, uma espécie de programa de inclusão para todos. O modelo da UFSM é um pouco disso. Afinal, engolir essa coisa de só negros é brabo! Os negros e seus privilégios... Já que temos que abrir para essa gente, melhor incluir os brancos pobres nisso. Afinal, melhor agüentar um branco pobre a um negro pobre. Se o infeliz ascender, ao menos será branco. Uma boa tática. O plano “B” é nos valermos da Constituição. Claro que teremos que esquecer aquela parte em que os legisladores escorregaram e resolveram admitir as políticas para inclusão social. Ninguém precisa saber disso. Citamos a tal da igualdade perante a lei e fica tudo resolvido.
Mas essa coisa de inclusão nas universidades vai adiante desses programas. Um exemplo disso são os concursos para servidores. Justíssimo. A velha e boa meritocracia. O cidadão é aprovado e pronto, está trabalhando na universidade. Que venham os melhores preparados. Aqueles que tiveram condições econômicas para tal. Como trabalhadora em uma universidade, tenho feito algumas reflexões. Uma exigência muito utilizada nos concursos para docentes é aquela que não encurta orelha, mas é o sonho de todos os catedráticos: o doutorado. Os mesmos que fazem a gritaria que são reduzidíssimas as bolsas de estudo são os que exigem esse requisito. E quem pode fazer doutorado nesse país? Aqueles que têm tempo e dinheiro para se manter enquanto estudam. Já é uma boa maneira de exclusão, não é? Isso no caso da docência. Em relação ao servidor técnico-administrativo é diferente. Geralmente não é preciso que sejam doutores. Aliás, melhor que não sejam. A docência não gosta de competição nas carreiras. Em tese funciona mais ou menos assim: direitos iguais para todos. Essa é a balela que a gente engole. De fato, o técnico-administrativo que resolver se capacitar precisa rebolar. Tem que saber os últimos passos em todos os tipos de dança. Alguém aí já fez as contas do número de técnicos que conseguiu se capacitar? Ele precisa da liberação do chefe imediato (que provavelmente é professor) e depois é só fazer a via crucis. Sinta-se a vontade, experimente. Já sei a carreira nos proporciona tudo isso. Tente.
As universidades também desenvolvem programas de extensão. Uma boa maneira de aliviar consciências. Não trazemos o sujeito aqui para dentro, mas, volta e meia, descemos até a periferia e mostramos como vivem os mais preparados. Isso quando esses projetos efetivamente trazem algum tipo de alívio a essas comunidades. Preferencialmente trazem algum francês da Sourbonne, ou qualquer coisa parecida, para dar uma palestra sobre sânscrito e geralmente cobra-se por isso. Claro, se o assistente quiser o certificado, caso contrário, o cidadão pode entrar e aproveitar. Dirão quase todos os docentes que meu ranço é descomunal. Verdade. Já disse inúmeras vezes e volto a repetir que o número de professores de uma universidade é o número de chefe que os trabalhadores técnico-administrativos têm. E cada vez que participo de reuniões de colegiado, de departamento, de CD e CONSUN tenho mais certeza disso. É óbvio, salvo as exceções que sempre legitimam a regra.
Rosane Brandão - Servidora do IAD
* O blog está à disposição, com espaço para publicação de crônicas, basta enviá-las para asufpel@gmail.com.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
menbro da CUFA BAHIA agredida por policiais em Salvador
FIQUEM PASMOS!!!!!
ISSO ACONTECEU AKI PERTINHO DE NÓS!!!
VAMOS METER A BOCA NO TROMBONE E DENUNCIAR TUDO!!!
ISSO É SERVIÇOA A COMUNIDADE SIM.
Nesse último sábado a coordenadora do MARIA MARIA de Salvador Ítala Herta, foi agredida por policiais e um motorista de táxi enquanto voltavapra casa. Ítala, voltava com dois amigos do Pelourinho, pegaram um táxi e o motorista avistou uma viatura da polícia, desceu do carro e começou agritar que era um assalto. Pessoal, isso foi o cúmulo da ignorância e doracismo e discriminação que Salvador tem como berço. Ítala levou 5 pontos no queixo, foi revistada e acusada. Estamos agora correndo atrás dos prejuízos. Ítala agora está dando entrada no que é cabível para seus direitos.
Coloco aqui meus sinceros votos de força a nossa parceira!"È mais fácil a sociedade separar o preto do branco... O difícil éjuntar e tudo se tornar um só"E nóis, aqui da Bahia estamos no desafio de juntar...--
Thalita DonzaCUFA - SALVADOR
NÓS DA CUFA PERNAMBUCO ESTAMOS SOLIDARIOS COM VCS THALITA, E PREPARADOS PARA O QUE DER E VIER AMIGA.
ESTAMOS JUNTOS E MISTURADOS SEMPRE
CUFA DE PERNAMBUCO A DISPOSIÇÃO....
ISSO ACONTECEU AKI PERTINHO DE NÓS!!!
VAMOS METER A BOCA NO TROMBONE E DENUNCIAR TUDO!!!
ISSO É SERVIÇOA A COMUNIDADE SIM.
Nesse último sábado a coordenadora do MARIA MARIA de Salvador Ítala Herta, foi agredida por policiais e um motorista de táxi enquanto voltavapra casa. Ítala, voltava com dois amigos do Pelourinho, pegaram um táxi e o motorista avistou uma viatura da polícia, desceu do carro e começou agritar que era um assalto. Pessoal, isso foi o cúmulo da ignorância e doracismo e discriminação que Salvador tem como berço. Ítala levou 5 pontos no queixo, foi revistada e acusada. Estamos agora correndo atrás dos prejuízos. Ítala agora está dando entrada no que é cabível para seus direitos.
Coloco aqui meus sinceros votos de força a nossa parceira!"È mais fácil a sociedade separar o preto do branco... O difícil éjuntar e tudo se tornar um só"E nóis, aqui da Bahia estamos no desafio de juntar...--
Thalita DonzaCUFA - SALVADOR
NÓS DA CUFA PERNAMBUCO ESTAMOS SOLIDARIOS COM VCS THALITA, E PREPARADOS PARA O QUE DER E VIER AMIGA.
ESTAMOS JUNTOS E MISTURADOS SEMPRE
CUFA DE PERNAMBUCO A DISPOSIÇÃO....
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